sexta-feira, 16 de maio de 2008

Finalmente podemos voltar a celebrar na nossa Igreja!

Já fazia falta aquele espaço que nos envolve e nos convida de uma forma mais intensa à reflexão... onde nos sentimos atraídos a parar, a olhar mais intimamente para aspectos da nossa vida e a repensar a nossa acção diária...
Um espaço onde a distracção não existe, (ou pelo menos é mais ténue...) onde com maior facilidade nos podemos reencontrar com o nosso eu...

Para festejar com maior dignidade a reabertura da Nossa igreja, no dia 18 (Domingo) pelas 18h haverá um concerto dinamizado pelo grupo coral Laudamus.
Convido-vos a estarem presentes.


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Um Olhar sobre Chiara...


Muitos foram aqueles que prestaram uma última homenagem a Chiara Lubich por ocasião do seu falecimento.

Uma mulher que ficará na história, mas principalmente, uma mulher que ficará para sempre no coração daqueles que a conheceram e daqueles que se deixaram tocar...

Surgiram muitos testemunhos com a notícia do seu falecimento.

Transcrevo alguns:

Andrea Riccardi, Comunidade de Sant’Egidio, exprime: «Chiara ensinou-me a dignidade do carisma, o seu valor, que é o que de mais precioso temos», e ainda «Chiara é de todos: é da Igreja, é também das pessoas de outras religiões, Chiara é do mundo, porque foi de Jesus. Agora que está em silencio, devemos aprender a escutá-la melhor, e só conseguiremos escutá-la se fizermos unidade entre nós».


Salvatore Martinez, coordenador em Itália do Renovamento no Espírito, afirmou: «A herança de Chiara é uma herança de amor marcada por uma maternidade espiritual da qual todos lhe estamos gratos». Referiu ainda sobre o testemunho desta mulher «que não se detém perante os desafios da secularização e das contraposições culturais, ideológicas e religiosas».

Frère Alois, prior da Comunidade de Taizé, sucessor de Fr. Roger, referiu: «Nós, em Taizé damos graças a Deus pela vida de Chiara. É uma luz para nós. E esta luz permanece entre nós». E recordou a grande estima e o grande amor que Fr. Roger tinha por ela.


O Presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, define Chiara Lubich como «uma das figuras mais representativas do diálogo inter-religioso e intercultural, uma voz rigorosa e límpida no debate contemporâneo. Soube fundar um dos mais difundidos movimentos no mundo, capaz de se confrontar, com espírito aberto, com o mundo civil, na base da supremacia dos ideais da solidariedade, da justiça e da paz entre os povos e nações».

O telegrama da Conferência Episcopal Italiana, assinado pelo Presidente Cardeal Bagnasco e pelo Secretário Monsenhor Betori, refere a experiência de Chiara como «uma experiência de comunhão que enriquece a vida da Igreja na Itália e no mundo». E recorda «com particular reconhecimento a força do seu testemunho que propôs um caminho de fé fundado no princípio da unidade, que é na Igreja e no mundo fonte de itinerários de vida marcados pela plenitude da alegria».

Na sua homilia, o Cardeal Bertone evocou o “ardente desejo do encontro com Cristo” que marcou a existência de Chiara, em particular nos últimos momentos de vida, “uma subida gradual ao Calvário”. Para o Secretário de Estado do Vaticano, a vida da fundadora dos Focolares foi “um canto ao amor de Deus, a Deus que é amor”. “O sonho dos inícios tornou-se realidade, Chiara encontra-se com aquele que amou sem ver”, assegurou. O “carisma próprio” de Chiara Lubich, que passa para o Movimento dos Focolares, foi segundo o Secretário de Estado do Vaticano um estilo “silencioso e único”. Chiara Lubich, assegurou, dedicou-se a “acender o fogo do amor de Deus nos corações”, pessoas que vivam “o carisma da unidade com Deus e com o próximo”. O seu trabalhou foi, acima de tudo, divulgar o Evangelho, “a mais poderosa e eficaz revolução social”.


Ainda sobre Chiara...

Gostaria de deixar-vos um texto de Chiara Lubich, que ultimamente tenho lido várias vezes e que me faz entrar num diálogo interior, fazer aquele “turismo interior” de que vos falo…
Que vos dê tanta paz, como me dá a mim!


AS PALAVRAS DE UM PAI
“As palavras de um pai são sempre preciosas, porque é preciso acreditar em quem fala com amor. Mas se o pai, antes de deixar a Terra, diz as suas últimas, estas ficam esculpidas na alma dos filhos e valem por todas as outras juntas: são o testamento.
O amor paterno é nada perante o amor de um Deus.
Também o Deus humanado, Jesus, falou. Também dele nos ficou um testamento: “Para serem um só… para que todos sejam um”.
Quem orienta a sua vida para a unidade, atingiu o coração de Deus.
No mundo somos todos irmãos, mas cada pessoa passa ao lado da outra ignorando-a. E isto acontece também entre os cristãos baptizados.
Existe a Comunhão dos Santos, o Corpo místico. Mas este corpo é como uma rede de túneis escuros.
Existe a força para os iluminar: em muitas destas pessoas é a vida da graça. Mas Jesus não queria só isso quando se dirigiu ao Pai, invocando-o. Ele queria um Céu na terra: a unidade de todos com Deus e entre si; a rede de túneis iluminada; a presença de Jesus, não só na alma de cada um, mas também na relação com o outro.
É este o seu testamento, o desejo mais precioso de Deus que deu a vida por nós.”

Chiara Lubich

sexta-feira, 2 de maio de 2008

CHIARA LUBICH - 14.03.2008


Partida de Chiara Lubich, o fim da sua santa viagem! (22.01.1920 - 14.03.2008)
Conheci o movimento que teve como fundadora Chiara Lubich no ano de 1989.
Acolhi a “obra de Maria” como uma nova "família" para mim. Uma "família espiritual" que considero Grande.
Um projecto que enche as “medidas” na minha sede e fome do eterno, que sempre me fascinou e que com a ajuda de Chiara se transformou numa aventura divina.

Sinto-me grata pelo dom que foi viver na era da fundadora desta grande obra e dela tomar parte de coração.
Foi uma mulher magnífica, uma verdadeira mãe na Fé, que após uma longa e fecunda vida incansavelmente assinalada pelo seu amor a "Jesus abandonado", terminou a sua existência terrena, deixando atrás de si um rastro de vida verdadeira porque, com a sua vida conseguiu reescrever o evangelho...

Foi notório o seu empenho constante pela comunhão na Igreja, pelo diálogo ecuménico e pela fraternidade entre todos os povos. A sua existência foi um verdadeiro testemunho!
Desejo de coração poder ser capaz, mais do que contemplar as maravilhas que Deus realizou através do seu ardor missionário, conseguir seguir os seus passos, contribuindo para manter vivo o carisma da unidade.
Gostaria de poder corresponder ao apelo que um dia me fez dizer “SIM” a este ideal que não passa, contribuir para cumprir a sua última vontade de ver acontecer uma explosão do ideal!
Sinto que é a única homenagem que posso prestar à pessoa que me abriu novos horizontes para a fé, que me fez ver que é uma realidade de vida concreta, que se constrói com cada momento vivido, que não é uma utopia, ou uma realidade que se vive apenas na eucaristia dominical, é uma realidade construída 24 sobre 24 horas, com cada passo, com cada um, com cada opção, vivendo a regra de ouro “Faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti”

Apenas a vi e ouvi pessoalmente uma única vez, mas este encontro com ela foi um momento que deixou marcas muito profundas. Contagiou-me com o seu entusiasmo “pelas coisas de Deus” e pela forma como as vivia.
Não eram só palavras... Eis o que me fascinou!!!